terça-feira, 23 de agosto de 2011

Despertar de um Sono

Pouco mais de quatro anos depois, redescubro o meu Silêncio...
Muita coisa mudou, muita coisa não...
O motivo, não revelado, esse, mantêm-se... longa e dolorosamente...
Revelarei um dia, quem sabe, mas não hoje!
Hoje quero apenas dizer que foi bom reler o que escrevi, e, principalmente, o que me escreveram há quatro anos atrás...
O Tempo passa, lenta e Silenciosamente...
E fica sempre uma memória... como um sonho...

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Um Adeus Português...

Aquele que é o meu poema preferido...
Simplesmente fantástico!



Adeus Português

Nos teus olhos altamente perigosos
vigora ainda o mais rigoroso amor
a luz dos ombros pura e a sombra
duma angústia já purificada

Não tu não podias ficar presa comigo
à roda em que apodreço
apodrecemos
a esta pata ensanguentada que vacila
quase medita
e avança mugindo pelo túnel
de uma velha dor

Não podias ficar nesta cadeira
onde passo o dia burocrático
o dia-a-dia da miséria
que sobe aos olhos vem às mãos
aos sorrisos
ao amor mal soletrado
à estupidez ao desespero sem boca
ao medo perfilado
à alegria sonâmbula à vírgula maníaca
do modo funcionário de viver

Não podias ficar nesta casa comigo
em trânsito mortal até ao dia sórdido
canino
policial
até ao dia que não vem da promessa
puríssima da madrugada
mas da miséria de uma noite gerada
por um dia igual

Não podias ficar presa comigo
à pequena dor que cada um de nós
traz docemente pela mão
a esta pequena dor à portuguesa
tão mansa quase vegetal

Mas tu não mereces esta cidade não mereces
esta roda de náusea em que giramos
até à idiotia
esta pequena morte
e o seu minucioso e porco ritual
esta nossa razão absurda de ser

Não tu és da cidade aventureira
da cidade onde o amor encontra as suas ruas
e o cemitério ardente
da sua morte
tu és da cidade onde vives por um fio
de puro acaso
onde morres ou vives não de asfixia
mas às mãos de uma aventura de um comércio puro
sem a moeda falsa do bem e do mal

Nesta curva tão terna e lancinante
que vai ser que já é o teu desaparecimento
digo-te adeus
e como um adolescente
tropeço de ternura
por ti

Alexandre O'Neill

sábado, 11 de agosto de 2007

Descansado...

Mais um dia...
Mais uma noite mal dormida...
Mais uma discussão...
Mais uma resolução...
Mais um recomeço...!
Sim, vale a pena continuar a tentar...!
Sempre!

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Silêncio Quebrado!

Deixo-vos aqui hoje a letra de uma das minhas músicas preferidas de sempre e sem dúvida para sempre, e o respectivo video, aqui numa versão ao vivo.
É uma música que acredito que a maioria das pessoas não conheça, mas que me diz muito.
Lembro-me de ser "teenager" e adormecer ao som do "Cidade By Night", programa que julgo já nem existir, mas que acabava os dias na Rádio Cidade, e de nesse mesmo programa descobrir esta música que me seguiu desde então.
É a última faixa do albúm M.S.G. (Impact) de 1991 do Michael Schenker Group.
Oiçam-na em silêncio e com o som bem alto!
Deixo-vos "Nightmare"...


Nightmare
Lying here in the dark
Scared
Like my dreams made their mark
I wonder

Dreamer
Always alone
Lost in a part of myself
I can't find anymore
I wonder if it's gonna end tonight

I can't sleep alone anymore
I need you here with me
Even though I closed all the doors
There's somethin' holdin' me

Never Ending Nightmare
Always there instead of you
Never Ending Nightmare
No escape this time from you

Lately been around someone new
Needed to fill in the space
That once sheltered you
Still I worry, if you're gonna be alright

I can't sleep alone anymore
Need someone here with me
All I ever wanted and more
My dreams are fighting for

Never Ending Nightmare
Always there instead of you
Never Ending Nightmare
Punishing me for the things I do
Never ending Nightmare
No escape this time from you

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Cansaço...

Estou cansado...
De mais um dia...
De mais uma noite mal dormida...
De mais um problema...
De mais uma discussão...
De mais um fim...!
Vale a pena continuar a tentar...?

Silêncio

Depois do Primeiro, era no minimo justo que publicasse o texto que deu nome ao meu blog.
É da autoria de uma amiga que me é muito querida, que vou obviamente manter no anonimato, pelo menos até ela me autorizar a revelar a sua identidade. Só espero que ela não se zangue comigo! Publicá-lo-ei da forma mais fiel que me for possivel ajustar a formatação de um texto manuscrito.

* Silêncio *
Tento adormecer, mas o estrondoso ruido do vento insiste em trazer-me de volta.
Mais um dia que me embarca.
Saio. O frio gela-me o corpo, mas como que determinada, continuo meu caminho. Gritos; ruido; dor. Estrondecem-me por dentro. Todos aqueles que comigo se cruzam e me falam, sem nada dizer. E eu continuo a ouvi-los. Sem os ouvir...! Silêncio...!
E porque eu falo comigo. E tu sabes que comigo não estou só.
Os «porquês» dividindo-se, desfragmentando-se, morrendo..., renascendo em cada memória. Porquê? Porquê?
Às vezes penso se algum dia se encontrarão respostas. Ou se elas existem. Talvez. Não as procuro.
Tento esconder-me de algo, enfrentar o que não vejo. E a calçada continua a sua blasfemea sobre o meu lento andar...
Mas quando a luz me deixa..., a magia regressa... e eu me sento. Respiro. E converso comigo, como com ninguém. E me entendo, como ninguém. E me rio, como com ninguém. E me escondo. Sem tréguas.
Onde estás tu, meu Anjo, enquanto te falo? As tuas palavras tiram-me uma vez mais a coragem e não me controlo mais. Porquê? Porquê contigo?
Haverá sonhos para além deste mar? Sorrirás? Sim, decerto..., mas rogo-te que para breve. É mais forte que eu. És tão mais importante que eu...
E não suporto a dor da tua. Das tuas palavras... tão vazias, como esta mensagem.
Ouves-me tu hoje, como antes? Já não o afirmo, como um dia...! Grito-te, talvez em vão, mas é inevitável. Digo-te, a medo, aquela palavra começada por «d» que nada gostamos. E a redigo. E a volto a dizer, sem fim.
Mas talvez o tempo nos engane... e o sufoco de te perder como te tive um dia, no inicio, possa cessar...!
Talvez apenas um engano. Um pensamento. É cedo. Concordas? Demais, por certo.
E alegrar-me-ei... e continuo. Neste mundo mágico que me transcende, me domina, entrega e me leva fortemente para longe. Silêncio!
(c) 30.07.02

Primeiro Silêncio

Há muito tempo que penso em me tornar um Blogger...
Foi hoje!
Por nenhum motivo em especial!
Ou talvez por algum que não me apetece referir agora...
Ou por vários!
Seja como for, essa explicação ficará, quem sabe, para outra altura.
Não pretendo que este venha a ser um blog de eleição das massas. Nem acredito que o venha a ser!
Até porque não terá qualquer tipo de tema em especial, nem sequer uma periocidade prevista.
Servirá simplesmente para ir escrevendo aquilo que me apetecer!
Poderá ser uma atitude egoista, mas o que eu pretendo é precisamente um blog pessoal, quase um desabafo para a blogosfera!
Claro que apreciarei qualquer visita e/ou "Silêncio" que me queiram fazer ou deixar.
Mas vão encontrar pouco mais do que pensamentos e reflexôes pessoais.
Mas estão todos convidados a ler o meu Silêncio...